sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Participação na feira do Zoo

AMIGOS!
Próximo fim-de-semana decorre a nossa primeira feira. Precisamos de encorajamento! Contamos convosco...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Trinta e um bocadinho...

Obrigada por me terem feito companhia na Adega das Gravatas em Carnide.
Especialmente aos lagartos e morcões presentes, por terem "tolerado" a mesa outrora ocupada pela direcção do glorioso SLB...
Ah, a parte de vos ter incluido na minha "Horta" não implica que vos tenha chamado vegetais...

Os engravatados:











Parabéns VANDA

A Cronista de El-Rei D.Sebastião fez 31 anos a 27 de Agosto de 2008. A "adega" da aldeia foi invadida por festejos e o povo "de gravata" brindou a branco e tinto à famosa cronista, que enche de histórias o coração daquela gente.
E o sino ao tocar as badaladas nessa noite, gritou:

"A amizade é uma forma de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas".

E assim resiste a couve, o tomate, os bróculos, a alface, entre outros, na "horta" da Ti Vanda.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Escapadela

Após 2 anos a mergulhar nas delícias da maternidade, o papel de mãe ficou em pause por 3 dias. Achei estranho demorar 5 minutos a fazer um saco de viagem (pois se o papel estivesse activo demoraria 3 horas...). Mais estranho ainda, o silêncio. Conseguia ouvir os pensamentos, que em vez de vir um de duas em duas horas, vinham seguidos, como se de uma dança compassada se tratasse. Consegui comer uma refeição seguida, com principio, meio e fim, sem entornar nada, sem ninguém pendurado no meu pescoço, a lembrar-me que para engolir preciso de ter o esófago e toda a área envolvente desimpedida. Consegui ler, incluir o livro na minha rotina diária e em hora de ponta. Consegui ter uma aventura, como sempre tive em férias, um episódio a recordar, uma ida à ilha das Berlengas. Dava quase para escrever um conto, o máximo que os leitores teriam era um ondear entre palavras. Consegui ficar sentada na praia, quieta de tal maneira que fiquei escaldada, pois estar sentada mais de 5 minutos implica que alguém esteja a dormir ou perto disso. Foi maravilhoso o reencontro com a Sofia pré-Afonso, saber que ela está por lá, mesmo que seja difícil avistá-la. Confesso que a falta dos abraços e beijinhos foi constante. E no regresso a casa reencontrei beijos e abraços apertados.

Ficam os Pedaços desses 3 dias...





domingo, 17 de agosto de 2008

7/08/08 - 10/08/08









A herdade da casa branca... a sépia.


sábado, 16 de agosto de 2008

Crónicas de Alcácer-Quibir... ou do Sal

Aqui vos fala a Cronista de El-Rei D.Sebastião, recentemente chegada do Sudoeste Alentejano após bizarra viagem ao futuro, que a levou do ano 1578 ao inimaginável 2oo8. Afinal o mundo não acabou em 2000... que grande novidade leva para a corte.

Corria Agosto de 1578 e caiu sobre o exército de El-Rei de Portugal desembarcado nas costas de Marrocos, um denso e feérico nevoeiro. Fui assaltada por uma inevitável desorientação espaço-temporal e não mais vislumbrei cruzados ou sarracenos.


Deambulei até encontrar uma bem-aventurada placa de "Alcácer". Fez-se luz perante os meus olhos, afinal não estava longe do destino da nossa comitiva.
Andei alguns dias, aos poucos fui-me cruzando com outras gentes, certamente indígenas pelas suas estranhas vestes e cabelos. Segui-as, pois caminhavam na direcção de uma original fortaleza de onde chegava grande alarido. "A batalha", gritei. "Peace, man"... responderam-me os indígenas.


Entrei. Poupar-vos-ei os pormenores bélicos... até porque curiosamente deixei de perceber quem era o inimigo. Jograis cantavam e bailavam num palanque iluminado por tochas incandescentes de várias cores... se conseguisse pôr mão em alguma, a corte ficaria maravilhada.
No ar um aroma singular que após algumas exalações descobri ter efeito inebriante sobre os sentidos.








Assim se passaram quatro noites. Durante o dia as pessoas deslocavam-se em extraordinárias carruagens sem cavalos - obra de algum mago superior - e banhavam-se em extensos areais. Eu segui-as na esperança de encontrar os meus companheiros. Sem sucesso...


Finda a curiosa peleja, a multidão desapareceu aos poucos, deixando os feridos para trás (os bêbados e os acometidos por alterações psíquicas). Nos estandartes lia-se Sudoeste 2008... Perguntei a um estrangeiro afinal que local era aquele e a quantos estavámos ao que me responderam: "Xii, meu... ainda não te passou a moca? Olhem-me este..." e afastou-se a rir, cambaleante.

Voltei para trás, perdida na noção do tempo e sem encontrar o local onde desembarcara, em vez dele um casario chamado Cacilhas. Tomei uma caravela surpreendentemente rápida e alcancei o que diziam ser Lisboa...

Fui internada neste hospício quando perguntei se corria ainda o ano 1578, mas vive-se aqui bem... e existe esta coisa da internet. Parece que afinal estamos no século XXI. Se voltar a encontrar aquele nevoeiro e descer os degraus de tempo, o Nostradamus que se cuide pois tenho novidades bombásticas do futuro!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Expectativas

Fui conhecer o Gaspar, filho de uma amiga minha. No decorrer da conversa confessou-me de que nada vale planear o dia, porque sempre que o faz, o príncipe resolve trocar-lhe as voltas. Se ela pensa que ele vai dormir 3 horas e durante as mesmas fazer 30 coisas, ele dorme 30 minutos e ela consegue fazer duas.
Planear faz parte do que somos, da meta para onde vamos e que nos faz manter acesa a expectativa em nós, nos outros e no mundo.
Teremos nós expectativas demasiado altas? Será um defeito das mulheres? Será que os homens também sofrem desta "expectativite" aguda?
Há momentos na minha vida em que sinto de forma gritante a estagnação, a possibilidade da não "expectativite", que me coloca a milhas do que me caracteriza como "Sofia a que risca pelo menos uma tarefa no seu post-it semanal"(A Vanda diria aqui, post-it diário). Tudo se agrava quando dependemos de outros para cumprir o que desejamos. Jorge Palma diria que "somos todos escravos do que precisamos... a dependência é uma besta, que dá cabo do desejo...", creio que ele tem razão.
Prefiro muito mais a ideia de que "a Liberdade é uma maluca, que sabe quanto vale um beijo".
Mas a verdade é que "enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar", mesmo com a expectativa em pause e a mochila repleta do que se é, com o que isso tem de bom e de mau.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Mãos

Seca a tinta na tela.
Tela pintada à mão, na mão...
Tentativa de traço firme e certo.
Desbota a cor ao sol, de uma, passa a duas...
Tem pouco verde essa tela, como que se esgota no meio de tantas outras cores.
Mas há quem repare ainda nesse pintalgar verde pálido.
Desejo que a tela seque.
Ou então não!
Assim, que dela escorra sempre alguma esperança,
que me acenda o pavio do sorriso,
um pouco escondido pela mão, que docemente ainda segura o queixo.

Imagens que ficam...









Fotos Gentilmente Tiradas e Oferecidas por João Nogueira