segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Já me esquecia...


... também é suposto dar votos de um bom ano de 2008 a todos os amigos, conhecidos e visitantes acidentais do Bocados de Noz.


Mas cada um deseje para si e para os seus o que melhor lhe aprouver. Quem sou eu para enumerar as suas prioridades? Fico feliz se conseguirem alcançar 99% dos seus objectivos... 97% vá... ok, 90% já é bastante razoável. Por isso, formulem desejos ambiciosos para terem a tal margem de manobra dos 10%. Afinal de contas, há que reservar alguns projectos para 2009...
Um grande abraço,
Obrigada por nos visitarem,
... mesmo em silêncio (tenho sempre de dar a tacada :)
Vanda

Diz que é uma espécie de Best of... 2007

Quer a tradição que no final de cada ano se proceda a um balanço do que foi vivido... Porém, como ainda me encontro encerrada para inventário, deixo apenas alguns marcos de 2007, de mais fácil catalogação.

Album Neon Bible, Arcade Fire; In Rainbows, Radiohead;A Weekend In The City, Bloc Party;An End Has a Start, Editors;Close to Paradise, Patrick Watson; So Real: Songs From, Jeff Buckley

Canção: Boa sorte/Good Luck, Vanessa da Mata e Ben Harper
Concerto: Arcade Fire, SBSR

Teatro: Hamlet com Diogo Infante; Os melhores sketches dos Monty Phyton

Filmes:

Control, Anton Corbjin

À prova de morte, Tarantino
Planeta Terror, Robert Rodriguez



Muitos nomes ficam omissos mas esta cabeça já não é o que era. É o preço da maturidade...

Claro está que vos deixo um repto, aí o trigésimo sétimo desde a fundação deste singelo blog: que tal partilharem o vosso Best Of... Podem acrescentar outras categorias.

Bom demais para ser verdade...



Strength of character will be your partner today, dear Virgo. You seem to have an aura whose intensity scares some people and attracts others. Your force of character could be the cause of some wonderful feelings and emotions for the people close to you. Don't try and hide your own emotions. They are the source of your creativity.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Regresso...

Pois bem, o meu computador encontra-se a recuperar de um surto de lentidão... Senti a vossa falta, e a minha...
Ainda na onda dos "sete palmos" e também na onda de tudo o que me rodeia, "Tudo o que vive, vive para sempre. Somente o invólucro, o que é perecível, desaparece. O Espiríto não tem fim. É eterno. Imortal." Bhagavad-Gita.
A inveja é somente a casca do que se sente em alguns momentos, esperançosos e verdes, sabemos que desaparecerá, quando formos brindados com a vida, com algo que nos faça sentir vivos.
Para quem sabe que o ano de 2008 será o ano do Espírito, que se grite então que ele não tem fim, vive por si só, mesmo sem quem o carregue. É a ignição...
Para quem julga que se pode pôr pontos finais no fim das frases, que se saiba que até chegarem, existem muitas reticências, se calhar sob a forma de espíritos eternos e imortais, ou então talvez só até amanhecer.
Para o filho que acorda com um pesadelo e procura o meu nariz como consolo, enquanto tiver nariz lá estarei. Acho que o conforto que o ar a entrar e a sair das narinas lhe dá, é imenso, mal sabe ele, que isso representa estar vivo, ou então ele sabe demasiado bem.
Para quem saboreia nespresso, com toda a espuma, intensidade e acidez, saiba que não tem que optar apenas por um lote, há partes que valem pelo todo, mas para se ficar com o todo não necessita de se optar por uma das partes, assim, partilha-se o sabor por inteiro.
Bem, para quem nunca percebeu muito bem a diferença entre metáfora e imagem, fique tranquilo, depois deste post, vão-se as dúvidas.
Um excelente 2008 a todos, é o que desejo...
Sofia

sábado, 29 de dezembro de 2007

AVISO:
A Sofia tem o PC avariado por isso têm de gramar só com os meus posts...
A bem de todos, volta depressa!!!

Pecado da Indiferença segundo o Evangelho de Santa Vanda


Não comentem, não... já fui encomendar mais lenha.


A vossa sorte é não haver árvores no Inferno pra darem pinhas e estarem esgotadas as acendalhas no Intermarché...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O pecado número 7... onde se confirma o adágio de "os últimos são os primeiros"... ou não


A ira. Para evitar conotações políticas escolho uma alternativa semântica.




O ódio.
Não odeio ninguém... isso é dar-lhe demasiada importância.
Quando não gosto de algo ou alguém, mesmo nada nada nada... desenvolvo uma indiferença. Esse sim, o pior sentimento que podemos nutrir, o desprezo. Totalmente anti-humano...
Fico então à espera de uma re-edição da Bíblia, onde se alerta para os 8 pecados capitais!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Um verdadeiro pecado...

Eu pecadora me confesso e verdadeiramente me penitencio.

A inveja é um sentimento muito feio... cliché ou não, é um facto. Há sentimentos dos quais nos arrependemos. Sentimentos similares a uma hipersecreção gástrica e talvez daí derive a expressão "verde de inveja"... apesar do verde servir para ilustrar diversas coisas... sendo que o verde neste contexto evoque a bilis... como é que a cor da bilis é a cor da esperança? A esperança é um sentimento... bilioso? Bem, afasto-me da confissão do pecado (ou talvez não!) e do mote deste post.

A esperança devia ser representada pela cor preta: absorve tudo... consome. Quanto ao verde... deixá-lo à mercê das secreções naturais e já agora da própria Natureza.

A inveja... ora bem, é deste ignóbil termo que falamos. Como me sinto um pouco preguiçosa vou pedir ajuda à wikipédia...

"Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. (...)
É considerado pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bençãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual.
É comumente associada à cor verde, como na expressão "verde de inveja". A frase "monstro de olhos esverdeados" (green-eyed monster, em inglês) refere-se a um indivíduo que é motivado pela inveja. A expressão é retirada de uma frase de Otelo de Shakespeare. Outra expressão muito comumente usada no dito popular, para designar a inveja é a dor de cotovelo."

Cá está a referência cromática... é a teoria da bilis... embora ela nos faça falta... a bilis é uma injustiçada!


Termina-se a explicação com a célebre "dor de cotovelo". Meus amigos, eis o busilis da questão. Este final de 2007 fui acometida por uma algia intensa, insidiosa e constante nessa articulação, o que não deixa de ser irónico. O ano passado por esta mesma altura parti o rádio do membro superior esquerdo. Este ano foi um pouco mais acima... dor dilacerante de cotovelo... dos dois... e mais houvessem.

Sou pecadora porque tenho ignorado as minhas bençãos, focalizada nos atributos, posses, habilidades e status de outra pessoa, mais propriamente o lugar que ocupa na vida de uma terceira pessoa... a inveja também adquire a forma de ciúme, já me fui informar.
Sou pecadora porque uma ou outra manhã acordo desejando estar no lugar dessa pessoa... naquelas manhãs em que me sinto mais fraca, mais pequena e incapaz de me aceitar enquanto ser verdadeiramente abençoado, por tudo aquilo que tenho e que sou. Manhãs estéreis de sonhos...

O reconhecimento e arrependimento pelo meu pecado trar-me-á a absolvição. Preciso tanto de um perdão... sobretudo de me perdoar a mim mesma.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O pecado do Natal

A avareza perde tudo ao pretender ganhar tudo.Jean de La Fontaine

Nada mais oportuno que abordar o pecado da avareza nesta época de paz, solidariedade e de generosidade. Uma contradição? Talvez.


Chega Dezembro e é uma correria ao Colombo e seus congéneres. Luzes ensurdecedoreas, ladaínhas irritantes, sobrecarga de estímulos para os nossos sentidos... As capitais de consumo fervilham e as pessoas são assaltadas por uma vontade incontrolável de dar. Dar cada vez mais e melhor para que todos falem do que se deu e da genialidade e bondade de quem deu... Subverte-se o conceito de dádiva, embora ele próprio nunca consiga apartar-se de um secreto desejo egoísta de se receber algo em troca. Está sempre implícito o retorno... ninguém vive incondicionalmente.


Noite de consoada, às doze badaladas alguém veste um fato vermelho e põe umas barbas de algodão. Traz um saco carregado de tudo e mais qualquer coisa e os miúdos rasgam papel de embrulho à velocidade do TGV. Não têm tempo para ver o artigo descoberto, outro há para desvendar. Generosidade ou culto do materialismo? Ter mais e mais, embriagados com cada vez mais tudo, soterrados nos multiplicidade dos que temos e ostentamos... quando despidos de tudo, não possuimos verdadeiramente nada.


Crescemos a ouvir "grão a grão enche a galinha o papo" ou a alegoria da cigarra e da formiga que enaltece a poupança e o comedimento. Os media, a publicidade, o contexto económico destes anos incitam à poupança, ao velhinho pé de meia para usar em dias mais cinzentos. Não serei apologista do desbarato, do carpe diem inconsequente mas onde está o meio-termo, essa virtude que Aristóteles já ensinava? Poupemos... mas nunca o coração. Andamos inchados com a auto-proclamada generosidade (pecado da vaidade aí em força...) dos subsídios de Natal destilados no centro comercial, e economizamos no amor, nos abraços e sorrisos, nas palavras que não pesam nada e valem ouro.


Somos avarentos no nosso viver. Guardamos o tempo para o usufruir quando tivermos mais tempo. Depois o tempo passa e a nossa pseudo-riqueza desvaloriza na banca. Ofereçamos sem receio o sopro da nossa alma, é um investimento seguro que duplica os rendimentos exponencialmente.





Mammon (pt: Mamon) é o ídolo pagão citado no Novo Testamento para descrever o culto a riqueza, a avareza e o ganho material

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Feliz Natal...

Se não receberam a prendinha com que sonhavam secretamente... eis o motivo.
Mas sosseguem... O Pai Natal sobreviveu e encontra-se em recuperação num SPA na Suiça.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Resposta sem pressas

Já por diversas vezes divaguei sobre essa coisa a que chamamos pressa. Essa urgência em chegar a algum lado que não vai a lado nenhum. A urgência de viver como se vivessemos já no ontem e cada segundo irremediavelmente atrasado.

Deixo-vos um pequeno apontamento que partilhei no extinto Desintenção...

"O passado pertence-nos... mas nós pertencemos ao futuro. No entretanto, respiramos, comemos, excretamos e testamos o viver. Sempre com a sensação que isto é apenas o ensaio geral e como tal, na noite de estreia tudo irá correr melhor.O presente é apenas um relance, um conceito abstracto, uma hipótese. A que altura podemos dizer que já é passado ou em que fracção de segundo entramos no futuro?O presente já foi e ainda não é...Por tudo isso, pairamos. Relativamente. "


E fazendo a ponte para esta quadra festiva: MERDA PARA O NATAL DOS SHOPPINGS e das compras feitas à pressa. Quisera eu ter tomates para resistir ao consumismo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Desculpem o desabafo...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Feliz Natal!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Olá a todos!

Andei a treinar a dança ...
http://www.elfyourself.com/?id=1585053612

Reflectindo sobre a pressa...

Prometi escrever um pouco sobre pressa, mas sem pressa.


Era bom saber onde anda o botão do tempo, quando este urge, e nós na correria do agarrarmos tornamo-nos como que transparentes perante nós, olhamos ao espelho, mas não vemos. Estamos, mas será que somos? A sensação dos dias se seguirem uns aos outros sem pausas é gritante. Ontem enquanto via o último episódio da I série de "Sete Palmos", e alguém perguntava a outro alguém "Porque é que temos de morrer?", Após uma pausa (a tal, necessária e urgente por vezes...) responde "para que a vida se torne importante". Parece simples, mas tal implica que tenhamos que fazer com que todos os dias sejam de facto importantes.


Hoje passaram por mim 24 pessoas enquanto trabalhava, entre as 8 horas e as 15h, parecia o jogo das cadeiras (que eram somente oito), mas neste caso ninguém fica por se sentar. Alguém se desculpava por não se conseguir vestir mais depressa, e algures entre palavras me confessava que se reformou há 3 meses, há dois meses teve uma dor de barriga, pensou que era do que tinha comido, fez um TAC foi operada de urgência, ficou com uma ileostomia, está a fazer quimioterapia, ficou sem acessos e lá estava a tentar agarrar o que sobra, a colocação de um implantofix.
Outro alguém chorou, porque perdeu a mãe há um mês e dizia, "sabe, não cheguei a tempo de lhe dar um abraço, vim tão depressa, mas não o suficiente"...
Depois "um homem não chora", dizem... Um homem que vinha fazer uma biopsia, saiu da sala de cirurgia, sentou-se no cadeirão, perguntei, "quer agora as bolachas que guardou?". Não! Quero chorar...e assim foi, durante 15 minutos o silêncio a guiar as lágrimas. "Perdi a minha mulher há dois meses, tenho uma filha com 15 anos que depende de mim e a minha mãe acamada. Não tenho tempo para estar aqui em compasso de espera, para que me digam se tenho ou não um linfoma, tenho tanta coisa por fazer lá fora"...


Parece uma telenovela, mas não é. Isto é vida, a vida das pessoas que se cruzam com a minha vida e que a tornam importante. Nem todos os dias são dias tão condensados, tão urgentes de dor, de aconchego...Há dias com menos nuvens, e é nesses que a minha pausa, não tem pressa.


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A vaidade... um pecado que não é defeito, é feitio!

Vaidade enquanto pecado também quer dizer orgulho, arrogância ou soberba, diz a IC. Quem não conhece uma ou outra pessoa totalmente apaixonada por si mesmo qual Narciso, obcecada com as suas conquistas e capacidades que nem sempre tivemos o prazer de comprovar... Aquele tipo de gajo que já escalou o Everest com uma perna partida e mergulhou com 1 kg de bife do lombo com os tubarões na África do Sul ... Ok, estes indivíduos além de sofrerem de vanglória aguda são mentirosos compulsivos, mas alegram qualquer círculo de amigos. Por dois motivos: primeiro porque geralmente descrevem feitos de uma improbabilidade hilariante, segundo (e o meu preferido) pela admiração que despertam em algumas cabecinhas pouco exercitadas, usualmente também vítimas daquele tipo de vaidade mais consensual, "Sou loura mas não sou burra, tá!!"

Quem resiste a contemplar-se num espelho que se atravesse no caminho, ainda que pelo canto do olho? Às vezes mais valia, como hoje... estou a fazer o turno da noite e seguramente vou entrar em depressão quando fôr passar a fronha por água daqui a bocado e cruzar o olhar com uma figura olheirenta e desencarnada. Meus amigos, nas saídas de vela não há lugar para a vaidade, só para a minimização dos danos...

Invoco agora aquele clássico slogan da marca"Matinal", passe a pub... "Se não gostar de mim, quem gostará?" A resposta óbvia: a mãezinha e o paizinho vão sempre achar-nos os seres mais lindos do mundo, até porque somos resultado da combinação dos seus genes e era desagradável admitir que o nariz do pai e o queixo da mãe não produziram um efeito particularmente harmonioso... ei-lo novamente: pecado da vaidade, enquanto estima exacerbada de si mesmo, reflectido no que por si foi concebido.

É pecado de vaidade o marketing agressivo que se faz de uma ideia, opinião ou um produto. Grande parte dos analistas, críticos e congéneres da nossa imprensa está condenado às trevas infernais. Estou mesmo convencida que guardam os recortes dos seus textos publicados em neuróticos cadernos, que folheiam inadvertidamente quando têm visitas. É uma espécie de masturbação intelectual... solitária e inócua. Chega a suscitar-me alguma pena e... ah, lá está, não escapo a este pecado, vaidade enquanto arrogância. Teço juízos sobre segundos e terceiros a partir de um lugar de aparente superioridade... quando depois também vou reler e voltar a ler os meus posts e os comentários mais elogiosos. Enfim... viver sem pecar é vegetar!






Ps: Agora comentem se faz favor... pra eu insuflar um pouco o meu ego que bem anda necessitado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


Mea Culpa


Só para dizer que tenho andado muito ocupada a pecar nos três "eixos do mal" já abordados neste blog...

... por isso peço paciência até me voltar alguma inspiração. E rogo-vos para que no entretanto, não cedam à inveja pois os meus pecados vão sabendo bem mas trazem água no bico!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Não conheço a empresa a quem se faz publicidade... mas era o parabéns a você menos parvo do Youtube.

Um ano... e três dias depois

Ora aqui vai um absoluto lugar-comum: Como o tempo passa! Passou... e achamos nós que a sucessão dos dias se faz cada vez mais depressa. Mas 2007 teve 365 dias como 2006. E estou segura que cada um destes dias perfez as 24 horas e cada uma destas decomposta em 60 minutos... e por aí em diante. Não obstante, passou... mais rápido, urgente. O modo como sentimos o passar dos dias e dos anos nada tem a ver com a matemática... mas alongar-me-ei sobre esta matéria no dia 31... tenho de economizar as temáticas porque a imaginação já foi mais fértil.

O Bocados de Noz fez 1 ano... não lhe antevia mais que 1 mês mas lá fomos continuando, animadas pelo feedback positivo de alguns amigos que acedem juntar a sua voz à nossa. Porém, o verdadeiro combustível desta associação - Sofia/Vanda - é a amizade que nos une, e felizmente as nossas diferenças. Uma mais pragmática, outra mais intuitiva, ambas escravas dessa coisa chamada esperança. Esperança que as nossas palavras ofereçam consolo a nós mesmas ou a alguém. Ou que façam alguém rir, como nos fazem rir alguns dos disparates que vamos lançando.

Obrigada a quem nos visita, são bem-vindos a esta casa que vai manter as portas abertas. Que os deuses nos dêem forças para continuar "opinativas"e tagarelas. Mas volto a pedir, juntem-se a nós. Aceitamos sugestões, ideias, comentários, críticas (até as negativas... temos sempre o poder para as apagar...), cumprimentos, desafios... um olá!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Parabéns "Bocados de Noz"

Um ano...
A partilhar alegrias, tristezas, momentos, pedaços do que somos e de para quem somos. Foi e é um enorme desafio, a partilha, pois muitas vezes é o silêncio a querer gritar e a palavra é a única que o escuta.
Convido a relerem o nosso primeiro post...A vida girou tanto, neste entretanto...
Um abraço a quem nos lê e à Vanda fonte motivadora deste meu acreditar...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Josh Rouse

mais uma...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Josh Rouse - Winter in the hamptons

Uma outra música...num outro dia...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Josh Rouse - Quiet Town

Um video por dia para comemorar a ida à Aula Magna para ouvir e ver este Senhor...

sábado, 24 de novembro de 2007

Sobre a preguiça...

... mal seria se tivesse muito a dizer sobre a preguiça. Sinto-me preguiçosa! A minha mente tem estado a trabalhar a uns 35%, estou praticamente em hibernação.

Metade do mundo hibernou. Metade das pessoas fecharam-se,voltaram-se para dentro e desligaram o telefone. Será cansativo viver, estar com os outros? Nessas condições sim, a preguiça é um grande pecado. Temos um prazo de validade tão limitado que a indiferença é um sacrilégio.

A preguiça matinal de um domingo em que nos demoramos na cama...quem me dera cometer sempre esta infracção, de preferência acompanhada, dividindo a carga do pecado.

Já me custa mais perdoar aos amigos que visitam estes bocados de nós e não deixam um bocadinho deles. Este espaço é de partilha! Não sejam preguiçosos...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Parabéns PAi!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Luxúria é um pecado a modos de quê???


"A luxúria, segundo a Doutrina Católica, é um dos sete pecados capitais e consiste no apego aos prazeres carnais, sexualidade extrema, lascívia e sensualidade"(wikipédia).
Hmm... de certeza que isto é um pecado???

Ei-lo castrador, como mecanismo de auto e hetero controlo. Como um super-ego colectivo. Por um lado, se alguém continuasse a seguir a doutrina da igreja católica, desde os anos 70 para cá, talvez não se conhecesse o flagelo do HIV e afins (embora creie que aí já entramos na selecção natural... outro post, ok?!) Por outro lado, aquele para onde me inclino, é ridículo pensar a sexualidade como acto de procriação... isso rouba-nos a humanidade, reduz-nos ao elementar e animal dever de propagação da espécie.


Sensualidade extrema? Isso é categorizável? Uma pessoa pode ser sensual demais ou bela demais ou demasiado boa? Conhecemos uma pessoa interessante, envolvemo-nos com ela e depois, na hora H " ah e tal... és sensual demais pra mim... não me agrada, não me sinto à vontade... será que podes ser menos um bocadinho, aí menos 35% de sensualidade era perfeito..." Vejo algo de muito errado neste quadro e espero que seja apenas uma caricatura, mas se já passaram por algo semelhante partilhem (o anonimato protege-vos). Penso que nunca seremos sensuais em excesso, quanto muito em defeito mas ainda assim, tudo depende dos olhos de quem nos vê. E se alguém não o reconhece em nós, mesmo e sobretudo nessa circunstância, é fulcral alimentar a nossa sensualidade, enamorarmo-nos de nós próprios de vez em quando, com a respectiva precaução de não nos afogarmos no lago que nem Narciso, mas esse era metrossexual e sofria de síndrome vertiginoso.


Se não tivessem inventado os anti-contraceptivos o que seria da Terra? Certamente ter-se-ia cumprido a profecia do fim do mundo no ano 2000... o planeta já teria provavelmente rebentado pelas costuras.


E como explicar a mais velha profissão do mundo? Quem incluiu a luxúria na lista negra era impotente. Tenho dito.

domingo, 11 de novembro de 2007

A Gula - o pecado capital mais... tótó!

Quem escreveu esta coisa dos pecados capitais tinha um problema com os obesos. Devia ser aquele tipo de pessoa que afasta o olhar quando se cruza com um indivíduo gordo, com medo de denunciar a sua repulsa... Admitamos, os indivíduos gordos despertam sentimentos ambíguos dentro de nós. Se por um lado achamos que são irresponsáveis por se deixarem chegar a esse ponto, por outro sentimos pena pela angústia que devem sentir para e por terem chegado a esse estado. De qualquer das formas, são ambos sentimentos reprováveis... quase pecaminosos, arriscaria dizer.

Já perguntaram a todos os obesos se são estupidamente infelizes por serem ou estarem assim? E "são" ou "estão"? Uma pessoa é gorda ou está gorda? Uma pessoa é corpo ou tem corpo, seja ele franzino ou anafado? (Ai as aulas de fenomenologia...) Muitas vezes parte-se do princípio que alguém diferente tem problemas com isso. O elogio da conformidade!

Fazendo uma inversão de marcha...

Quem escreveu esta coisa dos pecados capitais, se calhar era um visionário... Já previria ele que no século XXI a humanidade estaria a braços com o pesadelo da obesidade mórbida? Que um número considerável de seres humanos literalmente comeria até à morte... enquanto outros tantos sucumbem por fome. Caramba, o antigo testamento terá sido o primeiro tratado de cuidados de saúde primários? Excluindo as causas patológicas, ser gordo também pode ser um espelho da nossa relação com o mundo. Mais ou menos predadores... Vivemos para comer ou comemos para viver? Comemos porcarias sem qualquer valor nutricional porque temos fome? Que fome? Compensamos a nossa amplitude emocional com um petisco ou recusando pura e simplesmente alimentarmo-nos. Mas isto nada tem a ver com a gula...

Desconfio de todas as pessoas que não são gulosas, nem que seja em relação a um produto particular, um chocolate preto da Lindt, uma chamuça bem picante, uma poncha de tangerina fresquinha... Desconfio daquelas pessoas liofilizadas.

A gula, tal como qualquer outro pecado capital, é intrínseca ao ser humano. É por isso que é pecado... Quem escreveu esta coisa dos pecados capitais era um extra-terrestre ou um sociopata. Onde já se viu penalizar o Homem pelo facto dele ser aquilo que é? Os deuses do Olimpo procuravam imitar a vida dos humanos, eram indestrutíveis mas cravejados de defeitos e de certa forma vulneráveis. O tal gajo com a imaginação fértil, além de esquizofrénico, tinha 14 dioptrias em cada olho e era o último a ser escolhido para as equipas de futebol lá do bairro.


Eu era pecadora... agora ascendi ao purgatório mas é preciso continuar :)))

sábado, 10 de novembro de 2007

Os pecados mortais


Rezam as lendas que são sete... Nos próximos dias vão ser assunto das deambulações da minha mente e fazendo juz ao termo "deambulação", conto produzir monólogos absolutamente sem rumo...

São sete e todos com o ónus da fatalidade... mas terão efectivamente o mesmo peso moral ou ético? Levados ao absoluto provavelmente, mas não creio que no nosso intímo penalizemos a gula da mesma forma que o ódio. O próprio conceito de pecado, a infracção extrema face aos cânones da lei religiosa, sofreu a oxidação do tempo. Não somos hoje o que éramos...

O único pecado inadmissível é... absterem-se de comentar os nossos humildes posts :)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Sugestão

Visita Obrigatória...
(Ok... a autora é minha cunhada mas isso não influencia nada... o trabalho tem mesmo qualidade!)

Uma janela Klimtiana


Quem é que tem um painel lindo na parede do quarto?
Bendito IKEA!!!!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

de regresso...


Para que fique claro, que não, não atirei o telemóvel pelo ar até ao outro lado da sala (como fez o meu amigo David, aqui há uns tempos), se bem que me apeteceu muitas vezes.
Ele avariou, o meu cartão ficou sem a película que o protegia. Venho assim informar que troquei o cartão e comprei um telemóvel novo. A parte que mais me agrada é que tira fotografias, para registar alguns momentos, mas tendo em conta que o meu computador não é moderno e não tem bluetooth, tendo em conta que não traz nenhum cabo para ligar ao computador para passar fotografias, não sei muito bem como as vou partilhar com vocês...Sugestões?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ai tentação...

... que difícil a arte de ser magra quando não se nasceu para o ser. Porque é que tudo o que sabe bem faz mal? Porque é que não sou como aquelas pessoas que comem uma folha de alface e meia fatia de fiambre e ficam satisfeitas? É verdade que nos habituamos a ingerir menos quantidade de alimento mas fica sempre um vaziozinho por preencher... Hmm... provavelmente o vazio não é no estômago mas o tubo digestivo sempre teve afinidade com a alma. Há quem perca o apetite face às contrariedades, há quem se afogue no álcool, em chocolates ou num prato de tagliatelle a carbonara...

Também há quem resista e se sente à frente do computador com uma sopa insípida entre as mãos... com um bitoque a toldar-lhe o raciocínio!

domingo, 4 de novembro de 2007

...

Comunico que estou sem telemóvel.
Até breve...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

T1 ou T3? That is the question...

Hoje é dia de ficar com a casa e fazer obras... Ontem foi dia de a vender, dividir o dinheiro e comprar uma mais pequena. Assim tem andado a minha cabeça, a sofrer por antecipação pois nenhuma das alternativas é exequível para já. Mas penso nisso... excessivamente... como se a resolução dos meus problemas dependesse unica e exclusivamente de fazer obras nesta casa ou comprar uma nova. Como se organizando o meu espaço organizasse a minha alma... mas acho que não. É da minha natureza procurar e procurar e procurar... não me quedo!

Faço uns rabiscos... uma parede aqui, rodar a porta para acolá, o almejado closet a ganhar lugar. T1 em Lisboa ou T3 em Massamá? Queiram deixar a vossa sugestão... o orçamento é obviamente limitado!

domingo, 28 de outubro de 2007

Euforia Pós Concerto Mark Kozelek

Com uma sensação de deja vu, lá estava eu e os do costume no Santiago Alquimista, depois de uma paragem no Miradouro de Santa Luzia para ver o brilho da lua cheia no rio tejo. Esta sensação prendeu-se à bateria que tinha uns recortes que me eram familiares, e de seguida a entrada de um jovem loiro, magrinho... Ah, pois é, "Sean Riley e os Slowriders" (abriram Concerto Aimee Mann), músicas orelhudas que ficam para recordar.
Com um ar descomprometido, entra um Senhor, atira o casaco para o chão, dirige-se ao microfone, pede para baixar (o barulho das) Luzes. Uma ligeira poupa, calça vincada e camisa com riscas de seda...Pede para subir o volume da guitarra e para baixar e para subir, numa busca quase contínua (ao longo de todo o concerto) da perfeição. Os acordes perfeitos, em músicas que se caracterizam como suas, numa voz que embala a alma, o coração, e tudo. Muitas pessoas deixaram-se levar até adormecer, o que significa que reinou a simplicidade do toque, a voz fantástica. Concerto marcado pela afinação da guitarra no inicio de cada música e pelo final abrupto das músicas (descontraído, assim como quem toca em casa para ensaiar). O ensaio perfeito! Valeu o regresso ao palco pintado de roxo, o som da segunda guitarra, a companhia, a voz....


Filipa: Aguardo a foto para completar o post...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Up To My Neck In You - Mark Kozelek

Santiago Alquimista, 27 de Outubro.
Lá estarei...com os do costume...

(Des)inspiração


Saio a correr de mim...

Esbarro no cansaço do caminho de sempre.

Olho através do espelho o que resta do rosto a preto e branco.

Roubaram a paleta de cores, pela demora a pintar o quadro perfeito.

Abri a gaveta e voltei ao carvão de todos os dias, traços esbatidos,

pequenos esboços do que poderá ser.

A tinta escorre sem cor, cansada,

percorre-me os dedos despidos, pára no mapa das mãos.

Beija a linha da vida, mergulha na do coração, sente o bater regular do amor.

Então a tinta pinga para o chão, pegadas de esperança a soprar na minha direcção.

Corro, corro para não deixar rasto.

Os meus passos denunciam-me na fuga, manchados de cor, que me empurram em direcção à luz,que nem sempre vejo, mas que está lá.

sábado, 20 de outubro de 2007

Um post sem o mínimo interesse (ainda menos que o habitual)

Sábado à noite... Depois de passar o dia a decapar 2 móveis decrépitos para restaurar (isto se não lhes provocar eutanásia), o programa mais aliciante que consegui arranjar foi sentar-me a vegetar em frente ao televisor. Tendo em conta que o Benfica está a perder com o Vitória de Setúbal, vou antes dedicar-me ao cachecol desengonçado que me meti a fazer, depois de convencer a minha avó a ensinar-me a tricotar, ante o seu olhar de descrédito. Eis um dia dedicado ao bricolage... mas se alguém tiver umas mãos jeitosas, as costas desta habilidosa agradecem. Sábado à noite, quem diria?

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Inferno Pessoal

Vocês não sabem mas eu tenho de confessar: existem determinadas pessoas, músicas, objectos, circunstâncias que pertencem ao que denomino "Inferno Pessoal". É uma espécie de câmara dos horrores, um verdadeiro castigo que me poderiam inflingir.
Penso que todos nós alimentamos pequenas "implicâncias" face a indivíduos que nos tiram do sério e que nos provocam urticária, sem um motivo aparente e quando nos questionamos, nem sempre existe um lógico e razoável porquê...
Chega de latim... Claro que pretendo divulgar a minha lista negra, embora esta não seja estanque. Está sempre receptiva a novas nomeações. Curiosamente, uma vez persona non grata, dificilmente ascenderá ao purgatório que lhe permita escapar-se das chamas incandescentes da minha língua afiada.Eis alguns ilustres mafarricos do meu "Inferno Pessoal":
  • Filipe La Féria e a sua musa Anabela (medo!!! muito medo!!!)
  • Margarida Rebelo Pinto... epá Sei Lá...
  • Serenella Andrade e sucedâneos... como a Isabel Angelino
  • Fernando Mendes e o Preço Certo (desculpa avozinha, eu sei que gostas!)
  • Malucos do Riso e restantes programas humorísticos que apenas encenam velhas anedotas da Dica da Semana
  • Emanuel, José Malhoa & Filha, Rute Marlene e todas as cantoras com nome de prostituta... só pra citar alguns
  • Revista Maria, revista Ana, revista Mariana, revista Maria da Conceição e por aí fora
  • Celine Dion... palavras para quê?
  • Jean Claude Van Damme e outros filmes em que o herói quer vingar o irmão morto, a namorada morta ou o cão morto
  • Beatas (as da sacristia...) e o fenómeno de Fátima (Uii... esta é capaz de ser polémica!)
  • Esculturas abstracto-neo-hiper-realistas, tipo uma sanita azul pendurada no tecto da sala... ou qualquer coisa assim
  • Mousse de chocolate a saber a espuma de barbear
  • ...
Enfim... tenho o caldeirão cheio. Quando me lembrar continuo a lista mas lanço aqui um desafio: QUERO SABER QUEM/O QUÊ FAZ PARTE DO VOSSO INFERNO PESSOAL... Sem receios, eu não vou contar a ninguém!!!!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

lugar do depois

haverá lugar para algo depois do amor
entre nós?
depois da intimidade revelada
depois dos silêncios macios
haverá lugar para um nós
atravessado por outros corpos?
um lugar onde seja possível olhar sem querer
como se olha um irmão
um amigo ausente que regressa a casa
sem a sombra das memórias que embrulho em papel pardo e guardo no sotão
depois de demolir os muros levantados
(cada tijolo um afecto expoliado)
depois de apagar os esquiços traçados
(cada linha um projecto abafado)
de rasgar as cartas apenas escritas no meu pensamento
de "deletar" as fotos da pasta "meus documentos"
haverá ainda assim lugar para algo
entre nós?
será um espaço ambíguo onde os ses proliferam
onde cada instante carrega o peso das possibilidades?
será um lugar onde nos sentimos apertados, inoportunos, desadequados?
haverá lugar para algo depois do amor
entre nós?
conseguirei avistá-lo no meio desde nevoeiro?
bruma densa e cansada que se cola aos meus dedos e me embaraça os passos...
chegarei a bom porto?
ou estarei condenada a deambular
em busca de um lugar que não quer ser encontrado?
ligo o GPS
faço-me à estrada


Ps: que saudades do meu jipinho... sniff, sniff...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Tango (Piazzolla - Soledad)

Porque insistimos valsar? Se neste clube é Piazzola que se ouve tocar... Inventamos novos passos apenas com o pretexto de mudar, sob a falsa modéstia da criatividade.
Hoje em dia estranhamos a conformidade de tão alternativa esta se mostrar aos nossos olhos.
Esta inconstância, este mal estar em apenas estar, de vez em quando ser aquilo que se é, sem máscaras, sem super-poderes ou truques na manga.
Convenhamos, Piazzola será sempre um tango...

PS: Post inspirado na visita ao restaurante "Café Buenos Aires", representante argentino no périplo pela cozinha internacional. Muito aconselhável!! Fica nas Escadinhas do Duque, do Rossio ao Bairro Alto e convém marcar mesa e ir munido de razoável quantidade de dinheiro vivo.

domingo, 14 de outubro de 2007

Férias de Outono

Diga-se o que se disser, Outubro é um mês óptimo para ter férias. Pelo menos no Gerês esteve-se bem...e o regresso a casa foi anormalmente doloroso.


















As mesmas paredes, os mesmos gestos, a mesma fonte que não me sacia a sede. Não regresso para uns braços amplos e generosos. Espera-me a assépsia das palavras veladas. Mas volto. Já cá estou!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A grandeza das pequenas coisas

Andava eu a viajar pelo universo bloguiano quando me deparei com uma pérola, pescada do belíssimo sofadesonhos.blogspot.com:

"O ardor da tarde ilumina os bambus, as fontes murmuram com gosto, o sussurro dos pinheiros escuta-se na nossa chaleira. Sonhemos com a evanescência, e demoremo-nos na bela tolice das coisas" in Livro do Chá de Kakuzo Okakura.

Uma experiência que ajuda a relativizar alguns falsos absolutos que nos atormentam. Se não existisse o ínfimo - a grão de pó, o átomo, a partícula subatómica - apenas existia o vácuo. Se tal fôr física e etimologicamente possível, o vazio constituir-se como entidade existente.

Demoremo-nos então nos gestos aparentemente fúteis, nas entrelinhas do viver...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

nas minhas mãos

nas minhas mãos
cerrá-las, contendo apenas o vazio da espera
ou abri-las ao infinito das possibilidades
está nas minhas mãos
o poder inefável da liberdade
para acenar um adeus e fechar a porta
num sibilo maduro
nas minhas mãos
a promessa do meu ser ainda por cumprir
mãos que se querem hábeis
para tecer o pano dos meus passos
mãos que se querem fortes
para abraçar o mundo
mãos lentas para acariciar as horas

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Salsando...

Recomeçaram as aulas de Salsa...
Já tinha saudades daquela horita semanal. Deixem-me que vos diga, sempre fui algo céptica em relação a estas andanças (como de resto em relação a tudo na vida, mas isto é um aparte!)... pensava que não tinha jeito, que o pessoal vai aprender só pro engate e outros esteriotipos. Fico feliz por provar a mim mesma que estava enganada... que bom é sentir que às vezes o meu cepticismo é uma parvoíce e que devia abrir ainda mais os horizontes para a novidade. E assim tenho procurado fazer neste últimos tempos.
Com a dança obtive descontracção, divertimento, coordenação física e um bem estar mental precioso... do que é que estão à espera?
Quem estiver interessado, aqui fica o contacto da minha escola: http://www.latinquarter.eu/

(os dignissimos profs)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Amanhã é Sempre Longe Demais

Pela janela mal fechada
entra já a luz do dia
morre a sombra
desejada
duma esperança fugidia.

Foi uma noite sem sono
entre saliva e suor
com um travo
de abandono
e gosto a outro sabor.

Dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
porque amanhã
sabes bem
é sempre longe demais...

Acendo mais um cigarro
invento mil ideais,
só que amanhã
sei-o bem
é sempre longe demais...

Pela janela mal fechada
chega a hora do cansaço.
Vai-se o tempo
desfiando
em anéis de fumo baço.

Dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
porque amanhã
sabes bem
é sempre longe demais
acendo mais um cigarro
invento mil ideais
só que amanhã
sei-o bem
é sempre longe demais...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

10


Chegou Outubro, mês da melancolia, do vento nas árvores e do sol sonolento.
Pára o tempo, o alternar sincrónico dos dias. Outubro da lembrança dos dias quentes e amores esquecidos.

Outubro da saudade de outros tempos...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Escolha

Há momentos na vida em que tudo se precipita, onde é urgente escolher. Num tempo definido, mesmo que curto, urge o risco de mudar de rumo, ou abraçar ainda mais o caminho onde estamos. Olhá-lo de um outro ângulo, que não aquele que nos parece garantido, nos movimentos de sempre. Ás vezes, precisamos somente de percorrer a estrada de todos os dias olhando para as bermas e para frente, e não para o chão. Considero que a vida se faz de pequenas escolhas em cada momento. Algumas delas trazem sempre uma ventania, boa para secar angústias e ancorar-nos mais cedo ou mais tarde em algum porto. A segurança não existe, existe sim um conforto apaziguador. Como me diziam outro dia, nada é para sempre e certezas não existem.
Brindo hoje à incerteza de cada escolha, que nos faz ser mais ou menos felizes mas sempre mais inteiros.

domingo, 23 de setembro de 2007

Jewel - Foolish Games

Ainda a prepósito de Adições...

sábado, 22 de setembro de 2007

Adição

Às vezes juramos nunca mais... mas apresentada a oportunidade sucumbimos à tentação hedonista e reincidimos.
Não! Não estou a falar de toxicodependência... Este desabafo aloja-se na esfera das relações humanas. E porque é que o fazemos? Quando a lógica se impõe à frente dos nossos olhos empurrando-nos para o lado direito da nossa alma e todavia, viramos à esquerda. A minha resposta: Esperança. Ter uma pontinha de fé que afinal o caminho sinistro vai conduzir-nos a bom porto.
De certa forma a Esperança também pode ser uma droga... que vicia e obnubila a razão. Só que para esta não existe metadona.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

E agora algo verdadeiramente narcisista...

No outro dia quase chorei de felicidade. A sorte foi estar num provador da Zara...
Não descobri subitamente o sentido da vida.
Não fui atingida por uma raio de sapiência que me revelou a cura do cancro.
Não descobri a melhor estratégia para erradicar a fome no mundo...
Na verdade, no outro dia quase chorei de felicidade por um motivo fútil, porventura desprezível.
Passo a explicar, relembrando algumas linhas que escrevi há uns meses atrás:

"...E abracei um verdadeiro desafio que vai dar um empurrão significativo na minha vida. Passo a explicar... Este ano encerra uma trilogia: 2005 foi o ano do intelecto, 2006 o do coração e por fim 2007 vai ser o ano do corpo. Vou tornar-me ginasioholic e os próximos 180 dias vão ser testemunhas de uma transformação! A título de informação, antes de 2005 foram anos de marasmo ou como eu gosto de salientar: aparvalhamento total! Vou derreter algum volume a mais e deixar vir cá para fora a tal deusa escadinava que tenho dentro de mim. Será uma deusa anã dada a minha estatura mediterrância mas nem por isso menos iluminada. As primeiras sessões foram um prefácio... Aguardem então as cenas do próximos capítulos."

Fechei a boca e pus-me em movimento... e derreti 20 kg. Foi uma caminhada árdua, como todas aquelas que nos conduzem algum lugar mágico. Neste caso a umas singelas calças de ganga nº38. Mas não baixei os braços. Um último fôlego apenas e a trilogia cumpre-se. E fecha em grande...
Desculpem lá, mas da mesma forma que já me leram a fustigar-me a mim mesma com palavras de desalento, permitam-me estas linhas de redobrado orgulho com o resultado alcançado: Parabéns a mim...



domingo, 16 de setembro de 2007

Ainda sobre fé...


Citando Kierkegaard: "A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente..."
Fazem falta então os óculos da fé!