segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Porque há fantasmas a minar a esperança...

FANTASMA
Vivo num mundo de fantasmas
onde as coisas mais simples se quebram
como vitrais estilhaçados no chão.
Existe um véua cobrir uma realidade
e um fogo que destrói,que vasculha,
atordoa as almas.
O fantasma dança,
ao ranger de uma porta,
ao estalar de uns dedos
uma gargalhada infinda,
que se estende no vazio.
O eco, consome primeiro o espaço,
depois o tempo.
O frio espreita uma sombra
que pertence ao limiar dos sentidos,
percorre numa correria de sons,
de gestos.
A doce voz, sabor mordaz...
O perfume secularde todos os tempos.

1 comentário:

sofia disse...

Tod'catita said...
E se os fantasmas forem o melhor dos bocados de noz? Se nós podemos ser naturalmente bons porque não poderão eles também o ser? Se assim os imaginármos então poderão eles ser nossos eternos companheiros também nos momentos bons e rir-mo-nos e dançarmos com eles. Não devemos temer o que desconhecemos, mas ve-lo de outro modo! Até o que chamas estilhaços de vitrais, são apenas a divisão ou visto de outro modo a multiplicação de lindo vidros pintados. Os Vossos bocados (blog)não são menos importantes que o Vosso todo. Adorei o poema, e sei que é muito mais profundo do que os pequenos comentários que teço. Força no Blog!!