quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dois Anos...

Espalhem a notícia

Espalhem a notícia
do mistério da delícia desse ventre
Espalhem a notícia
do que é quente
e se parece com o que é firme
e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago se pudesse

Divulguem o encanto
o ventre de que canto
que hoje toco a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo saciado

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem pressenti-o
O ventre de que falo
como um rio transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava no que sou

Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros num murmúrio
e o sol, como é costume,
foi um augúrio de bonança sãos e salvos,
felizmente e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente uma criança

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra basta,
é só adivinhar o que há mais os segredos
dos locais que no fundo são iguais em todos nós

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo do mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
ao fundo do mar
no corpo de uma mulher



letra e música: Sérgio Godinho

terça-feira, 29 de julho de 2008

Brincar com trapos


terça-feira, 22 de julho de 2008

Regresso ao Passado

Sexta feira de calor infernal... Dom André e Dona Sofia de Madre de Deus, acompanhados da Maga da Corte Dona Vanda, rumaram ao passado, numa máquina do tempo já velhota mas competente e aterraram em plena Óbidos transfigurada em burgo medieval.





Já lá encontraram-se com a Duquesa Dona Isabel de Peniche e sua irmã Dona Ana de Olivais e Moscavide, empreendendo então exaustiva busca pelas melhoras coroas de flores secas e outros artefactos do comércio local. Destaque-se o singelo repasto de pataniscas afrodisíacas e sandochas de pernil no espeto, regadas com sangria de frutos silvestres e polvilhadas com crepes de dimensões consideráveis.

Um final de tarde e noite bem passado, com direito a uma recriação do desaparecimento de D. Sebastião, neste caso Dom André, desta feita encontrado são e salvo por entre o nevoeiro da multidão.

Ah... e nada como uma boa tortura medieval para encerrar as festividades.


Despedidas seladas com ginginha de Óbidos em copo de chocolate, num doce regresso ao presente!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Eva Luna, Triskel e Bast... que afinal era Nilo


Os novos habitantes da Pensão Janeiro...

Rádio Macau | Cantiga d' Amor

A Banda Sonora destas férias... Fica esta e outras mais...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Regresso

Regressei de férias...
Depois de duas semanas fantásticas, bastou uma hora de cidade para compreender o quanto ela nos priva de tanta coisa saudável.

Passei uma semana perto de Tavira em Pedras D´el rei, um aldeamento em frente à praia do barril, cujo acesso à mesma podia ser num comboio (que satisfazia as delícias do meu Afonso). Esgotámos as praias dos arredores, quer de barco, quer a pé....



Depois, uma semana de retiro alentejano perto do Cercal, no meio das estrelas, perto de quase nada, um bom tesouro guardado. "O nosso Monte" repleto de muita mão e muita vida, de um casal fantástico (D. Leopoldina - Tinina para o Afonso- a regarem a lua e Sr Amador - pai do cão segundo o Afonso). Mergulhámos ao longo da costa vicentina, sem esgotar as praias, pois há sempre mais uma escondida...



Matar saudades de S.Marcos, onde vivi e cresci uns tempos e que me ficou para a vida. Foi bom!



Na chegada esperam-nos 3 gatos muito bem tratados, pela sua dona das férias Ana Filipa e tio Bruno, uma casa a necessitar de umas intervenções já em agenda, a Vanda (já matámos as saudades, e traçamos projectos para daqui a dois anos se concretizarem...), fui presenteada, pois fiz 29 anos, segundo pareceu a 29 de Junho, com uma prenda feita pela minha best...



Amanhã o regresso penoso ao trabalho, sem o esplendor do sol e do ceú a brindarem-me durante o meu dia, substiuidos pela luz artificial das lâmpadas do bloco. I will Survive...

sábado, 12 de julho de 2008

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Nao consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Os 30 são os novos 20 - Single & Fabulous Parte II

Diz a tradição que aos 30 uma rapariga está casada (ou a viver em pecado...), planeia o2º filho, engorda 5 kg e começa assustadoramente a parecer-se com a sua mãe. Adopta para segundo nome "Preocupada". Preocupa-se com as contas do mês, com as rugas, com os 5 kg, com a barriga do marido, com a escola do filho, com a natação do filho, com as festas de anos dos colegas do filho, com as férias estupidamente caras no Algarve... Algumas chegam mesmo a ler "O Segredo".
Mas a tradição já não é o que era. Quer dizer... é só em parte.

Aos 30 uma rapariga Single & Fabulous preocupa-se com as rugas e gasta 1/3 do ordenado em cremes, em não engordar 5kg e vai ao ginásio todos os dias ou pensa em ir ao ginásio todos os dias, e sobretudo com quem vai passar as férias estupidamente caras. Algumas também lêem livros de auto-ajuda, que apenas traduzem em linguagem pseudocientífica o mais elementar senso comum.

Uma razoável percentagem destas raparigas não casou nem pensa em ter filhos, especialmente se tem hipótese de extravazar o instinto maternal com os filhos das amigas.
Algumas vivem com os pais, diminuindo drasticamente o grau de preocupação com as contas do mês mas com prejuízo evidente ao nível do glamour de ser Single.

Contudo, parece-me a mim que a maioria destas raparigas de 30, sonha secretamente o mesmo que as de 20 no século passado: juntar os trapinhos com o seu Mr. Big!


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Se uma pessoa diz a outra que a ama, a própria linguagem supõe a expressão "para sempre". Não tem sentido dizer: - Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre outra melhor, ou não fiques feia com a idade. Um "amo-te" que implica "só por algum tempo" não é um amor verdadeiro. É antes um "gosto de ti, agradas-me , sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida".
(M. Santamaría Garai)