sexta-feira, 25 de maio de 2007

Aimee Mann - Save Me

A diva brinda-nos a 25 de Julho... e graças ao amigo Bruno estarei lá na primeira fila!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Agenda

Tenho andado um pouco calada (preguiçosa!) mas não necessariamente desocupada... aqui vai um curto diário da semana transacta.
Nestes dias ocorreu o jantar internacional nº4 que, ao contrário do previsto, não foi mexicano. Parece que o México anda enguiçado... decididamente não nos quer por lá mas seremos perseverantes. Demos um pulinho rápido a Itália... uma Itália que fica ali em Alcântara, mais precisamente nas Docas. O Don Pomodoro foi então o escolhido, não tanto pela cozinha mas essencialmente pela sangria de champagne... Uiii... Mama mia... Molto buono!
Apesar das diabruras gastronómicas, consegui alcançar a almejada maçã amarela lá no ginásio. E ainda bem, porque a motivação pra lá ir tem sido pouca. Exercícios repetitivos, overdose de música brasileira e só mulheres aos gritos... :( Por favor... Preciso urgentemente de ir à praia para fazer uns colírios oculares.



A exposição dos vasos gregos no Museu de Arqueologia também pôde contar com a minha visita, para seu gáudio e prazer... Era vê-los, os caquinhos ancestrais a agitarem-se com a minha passagem pelas vitrinas, a cohicharem: "Olha quem é ela!" "Hmm... só cá veio ver-nos porque era de graça!" E não, não andei a tomar LSD, mescalina ou outras substâncias ilegais. Chazinho verde! Esse é o segredo para grandes trips mas ajuda ser detentor de desequilíbrios psíquicos. Depressão endógena, diria alguém que eu conheço mas que lê demasiados estudos americanos.
E mais, deixa cá ver o que tenho andado a inventar... hmm... CONCERTO de BLOC PARTY no COLISEU. Divertido, descontraído, despretensioso e muitos outros adjectivos começados por "D". Mas confesso que já vi melhor naquela sala de espectáculos, como uns Radiohead ou Perfect Circle, só para enumerar alguns.







Aproveito para esclarecer que também trabalhei nesta semana, não foi só galderice! Pudessem os dias ter 48 horas e eu inventava qualquer coisa para marcar com um post-it na minha agenda! ;)

Os Pioneiros de Portugal

Sinto uma imensa gratidão com a vida, por me ter feito vivenciar o campo de férias dos pioneiros de portugal.

Surgiram na minha vida em 2003 e ficaram gravados no meu coração para sempre. Nesta fase da minha vida desejava muito partir em missão humanitária para fora do país, como voluntária. Colaborei assim como enfermeira, despi a farda e vesti o desconhecido. Iria durante uma semana para o parque campismo da Galé, onde estariam monitores, pessoas da organização e um grupo de jovens (40) entre 14 e 16 anos. Não conhecia ninguém. Seria um retiro de uma semana para abraçar tudo o que viesse.
O que veio foi tanto...foram momentos de partiha únicos. Jovens na fase em que tudo gira e tudo muda, e tudo se experimenta, e tudo nos confunde. Jovens de classes sociais muito diferentes, alguns com vidas menos boas, onde numa semana, pelo menos, o sol brilharia todos os dias.
Encontrei um espaço físico muito bem organizado, erguido e pintado pelas pessoas da organização. Com uma cozinha, um palco, uma zona de actividades (com bancos e mesas), uma zona de dormir (com as tendas), uma zona de refeições e outra de jogos... Tudo pintado a rigor, com as cores perfeitas.
Ficam momentos únicos, como vozes que se erguem nas noites frias e que a fogueira aquece. As estrelas cadentes que nos atingem a alma e o coração. Os abraços da despedida quando o mar escorrega dos olhos. Os piolhos e os banhos em fila com o Ricardo de mangueira. O cansaço que nunca chegava, para quem abria as mãos e tudo dava. Os passeios ao badoca e a Santiago. Os mosquitos companheiros...O protector solar, incansável...


Foram momentos únicos, de enorme dádiva.


Agora revivo e renovo esta missão nos almoços (como no passado dia 12 de Maio) dos amigos dos pioneiros. E desejo que o Afonso quando tiver 6 anos possa participar e viver momentos especiais que ficam para sempre.

http://www.pioneirosportugal.org

http://pioneirosportugal.blogspot.com

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Ligação directa

Dia 20, 21h30, Teatro Maria Matos, em ligação directa a Sérgio Godinho.
Esse cantador de histórias, que não sai de tom, difícil é mesmo acompanhá-lo. Contudo em palco tudo se encaixa, ele e sete preciosos elementos que transformam cada música numa sinfonia de cor. Brilha a comunhão de instrumentos que se erguem tornando cada história mais encantada, mais rica, mais directa. Confessa Sérgio Godinho que a última vez que ali esteve foi em 1978, para além de ainda não ter nascido, confesso que passados quase 30 anos, é um privilégio poder estar na plateia e perceber o quão fantástico é a vida cantada por ele.

Ficam pedaços como a deusa do Amor, às vezes o amor, o rei vai nu, o rei do zum zum, marcha centopeia, não há duas como ela, o velho samurai, só neste país, é terça feira, com um brilhozinho nos olhos, o elixir da eterna juventude...61 anos de mãos abertas, assim é o homem dos 7 instrumentos.

Desejo que em cada dia possa recordar "o primeiro dia":

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A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebem-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

para a Filipa se lembrar em cada hoje

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Carta

Caríssima van cristjan,

Venho por este meio protestar contra o tom cinzento, punjente e deprimente de alguns posts assinados por ti.
Chega de elogios auto-comiserativos. O melodrama é um exercício de estilo deveras... chato! Bhac!!
O sol brilha, é Primavera, etc... O que também significa pólens, alergias e nariz entupido. Mas esqueçamo-los... enxarquemo-nos em anti-histamínicos e gozemos o sol e a renovação da vida.
Um recado: "GET A GRIP!!" Perdoa o inglês mas é mesmo isso que eu quero dizer, não há correspondente à altura no nosso idioma.
Que importa se te falta a luz: acende uma vela aromática, sempre ajuda a perfumar o mundo. O teu discurso miserabilista enjoa. Chega de te vitimizares... a vida não corre como idealizaste? Mas quando é que as coisas correm como sonhamos? Isso é uma utopia... E mesmo que corressem, para que serviam então os sonhos? As noites ficariam repletas de sonos estéreis...
Ninguém te compreende? E tu, compreendes-te a ti mesma?
Sentes-te só? Que ingratidão... e os teus amigos? E a tua família? E tu? Não te bastas a ti própria? Serás assim tão vazia e insuficiente? Há alturas na vida em que todos parecem poucos... quando um por si só é o bastante. Não tens a quem amar? Ama-te. Não tens uma pessoa com quem partilhar os dias? Partilha-os com o mundo. Abre os teus horizontes, expande-te! Para quê esgotar o amor só com uma alma? Isso é uma forma de egoísmo dirigido. O amor replica-se!
Não leves a mal esta carta... só estava um pouco preocupado.

O teu alter-ego,

Vanda

segunda-feira, 14 de maio de 2007

U2 - Ultraviolet (Light My Way)

"Amo-te enquanto restarem os meus dias contigo!" dizia ela. Dizia ela aquilo que hoje em dia é mais certo dizer. Dizia ela mas embora esforçando-se, não o sentia, desenquadrada no cenário da contemporaneidade.

Há um ano a sua vida era tão diferente. A mudança não foi próspera mas era inevitável. Faz parte da natureza do homem a inconstância. O desconforto de estar simplesmente, deixando o tempo sulcar os veios da nossa pele e alma.

Há um ano os dias tinham mais luz... uma falsa luz, projectada por fantasias de uma mente sedenta por luz, por água impregnada de sensações e vivências partilhadas. Onde está agora a luz? A verdadeira luz que exala do nosso corpo, no nosso permanecer na vida, com as raízes bem afundadas no ventre da vida. Onde está a luz, afundadas as raízes no ventre da vida, que faz crescer os ramos em direcção ao céu, lutando contra o atrito. A luz que alimenta as folhas gratas e generosas.

A luz está dentro dela. Só lhe falta encontar o botão.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Sofrimento...



Quem melhor que Freud para nos lançar a rede para o sofrimento, para que não nos esborrechemos no chão depois de umas exibições em pleno trapézio da vida...


"Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer".

Sigmund Freud, in 'As Palavras de Freud'

terça-feira, 8 de maio de 2007

Café frio

Sentada ao balcão, o silêncio entrecortado por respirações hesitantes na penumbra. Sentada a pensar sobre a vida. A vida breve que se escapa destes corpos velados, cada minuto em contagem decrescente. O que foram, o que ainda desejavam ser, ver, ouvir, fazer, sonhos e ambições estatelam-se contra o muro da doença. Vidas que perdem sentido a cada exalação.

Ou não... Não terá mais significância aquela vida que se extingue após uma viagem bem recheada? Do que a minha própria vida, soluçada em espasmos que agitam a aridez de um horizonte perfeitamente horizontal, geometricamente irrepreensível, agitado pelos soluços de uma vida espástica.

Sentada no balcão, as pálpebras pesadas e a inércia dos meus dedos segurando a caneta que se aninha nos meus dedos, inertes, gagos, estupidamente gelados.

O café ficou frio. Chamaram-me ali ao lado. Fiz o que tinha a fazer e desculparam-se pelo incómodo. Apetece-me dizer: incomodem-me!
Sentada no balcão com o café frio e os olhos esfumados entre pestanas coladas de sonho. O relógio arrasta-se... Estou sempre desejosa que o tempo passe mais rápido, para depois chorar a celeridade com que as coisas me passam.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

E agora algo verdadeiramente preconceituoso

Este fim de semana fui ao Estoril Open. Há três tipos de pessoas que se deslocam a este tipo de evento: os que gostam de ténis e têm dinheiro para comprar o bilhete/passe, os que gostam de ténis e têm a sorte de lhes cair um convite no colo e aquelas pessoas que vão para que se possa dizer que foram... Onde me incluo não é certamente difícil descobrir. Falemos um pouco sobre o terceiro grupo mencionado.
Estamos na presença de uma nova etnia. Há os caucasianos, os negros, os aborígenes... os betos. Os betos sempre existiram e vão continuar a existir, porque evidentemente têm capacidade de se reproduzir. Magras, levemente bronzeadas, cabelo escorrido comprido e com franja, com o obrigatório aparelho nos dentes, fios e pulseiras q.b., as betinhas são todas iguais entre si, o que me deixava intrigada ao início, até se ter feito luz na minha cabecinha: as mães também são iguais. Há uma pool genética perfeitamente preservada, com algumas falhas, nomeadamente a necessidade de aparelho nos dentes. É curioso verificar que a ele recorrem todos os especimens deste grupo sócio-físico-psico-económico-geográfico-cultural.
As betinhas e antes delas, as suas mães e avós, acasalam com jovens de cabelo grande e desconcertantemente virado ao lado, por forma a que longas mexas caiam sobre as suas faces. Usam aparelho nos dentes. Alguns jogam ténis.

Enfim, desporto à parte, vim de lá com uma grande ensaboadela de tios e pro-tios. Valeu a vitória do Djokovic que afinal até é simpatizante do Benfica, o que provocou grande apupo entre a audiência, pois como toda a gente sabe, este pessoal mais aristocrático é sportinguista! Mas isso é outro post...

Bocados de mim...

domingo, 6 de maio de 2007

sexta-feira, 4 de maio de 2007

2 Amores

Duas horas e meia de puro riso, servido assim a frio, sem avisar... Graças a ti caro amigo Bruno, OBRIGADO!!!
Uma verdadeira bebedeira de riso, que funcionou como terapia para uma excelente digestão e uma boa noite de sono.
Continuo a achar que o simãozinho andava metido com o carlinhos...e que a cobra se escondia no vestido cor de laranja da freira. Mas a tinta vermelha na realidade era o sangue do carlinhos que foi morto pelo companheiro, o vizinho de cima. E é sempre a apitar o taxi... Mas o Horta, na horta afinal em vez de pepinos, plantou tomates, vermelhos que escorriam pela casa de banho do Santos...
Enfim...Muito Bom!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

D. Sebastião

"Também na vida privada existem D. Sebastiões. São aquelas pessoas que esperamos nos venham arrebatar de vidas enfadonhas e sem graça." (Nuno Nodin)

Reza assim uma crónica que desencantei numa revista feminina. Fala sobre os princípes/princesas encantados, essas figuras miticas que povoam o nosso imaginário. Todas recusamos assumir que o esperamos e a espera é aquela velha faca de dois gumes: desespera-se ou alcança-se?

Há quem tenha a felicidade de encontrar um aceitável substituto da sua alma gémea idealizada. Não se chama a isto contentar-se com o que vem à rede é peixe, mas apenas um franco exercício de bom senso. Além de que se aceita universalmente que o mais repelente sapo se pode transformar num etéreo princípe, seja qual fôr a imagem congeminada no nosso sub-consciente.

A crónica aponta o dedo aquelas pessoas que vão rejeitando sucessivos candidatos ao lugar de soberano, aquelas que optam por esperar o cavalo branco e respectiva montada. Esquece aquelas outras pessoas que nunca foram eleitas para experimentar o sapato de cristal, aquelas outras pessoas que não se debatem com sucessivos proponentes...

Há pessoas que esperando ou não um D. Sebastião se perdem no nevoeiro e não chegam a cruzar-se com ninguém.

Será então justo acusar aqueles que esperam de snobismo quando podem ser vítimas de falta de oportunidades? Alguns não exercem qualquer tipo de preconceito social, ficando até bastante satisfeitos em encontrar um "plebeu".

"Também as figuras míticas da vida amorosa, quando surgem, podem ser autênticos flops. Quanto maior a expectativa. maior a queda e, por vezes, pensa-se que se encontrou o principe, quando apenas se deu de caras com o bobo. Porém, há que não esquecer que a felicidade também pode ser possível com o bobo." (N. Nodin)

E eu acrescento, a felicidade com o bobo é efémera. Porque o bobo é uma encenação, uma máscara.

O mesmo se aplica quando julgamos ter encontrado o tal principe que sendo coroado se transforma no rei vai nu... mas o logro é humano e a felicidade será sempre finita, no tempo e no espaço, porque é um estado onde transitamos no caminho de um para outro lugar.

"Um dia ele há-de surgir" é o nome da crónica... E o que diz a avó esperançada, as amigas piedosas, a cabeleireira que insiste em meter conversa, em gastar palavras. Gastam-se indiscriminadamente palavras. Dizem-se coisas impunemente, sem critério... "Amo-te... quero passar o resto dos meus dias contigo..." Mexem-se os lábios que vomitam palavras. Quando o slogan devia ser "Amo-te enquanto restarem os meus dias contigo!" O amor é uma das armadilhas do efémero.

Dizem os pais desesperados para serem avós e cumprir a ordem natural. "Vais ver, ele há-de chegar e tu vais logo perceber que é o TAL!" Dentro de nós cresce a pressão de tentar desencriptar qualquer sinal emitido pelo outro género da nossa espécie. E se eu não perceber que é o tal? E se o meu radar estiver avariado? E se ele falar numa lingua que eu não domino? E se ele fôr mudo e eu surda? E se ele chegar e eu me atrasar e nos desencontrarmos na suposta encruzilhada que nos juntaria?

E se D. Sebastião tem regressado?
13/07/1955 - 2/05/2000
Hora
Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta... por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.


Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Amigo


Amigo,
que embarcas hoje nesse navio,
que te embrutece...
Solta as amarras e grita.
E que o vento,
traga no teu grito a luz
e a força que te faz vencer as marés.
Pinta um ondular perfeito,
sem nós de corda.
Escreve no vidro embaciado
a alegria do regresso,
depois de meses no mar.
Ri-te,
quando a espuma te salpicar de saudade.
Vai, mas volta.
Nalguma maré,
nalguma madrugada.