quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Máscaras

Esconder quem se é, para ser quem não se é,
por um momento, ou dia...
Atam-se panos, cosem-se botões nos retalhos que escolhemos vender aos outros.
Alguns compram o que vendemos, outros não.
Desfilam caras tristes atrás de tintas que escorrem com as gotas da chuva que se faz sentir,
e nós acreditamos nas cores alegres...como se de um arco-iris se tratasse (mas este nasce da fusão do sol com a chuva, da alegria com as lágrimas da tristeza).
Há ainda quem tape o rosto na esperança de poder ver os outros mas não ser visto,
dando uma dimensão nova à liberdade, onde tudo é permitido porque não se vê.
Assim, há quem arrisque SER o que nem sempre se pode ser.
Há ainda os que sem máscaras caminhem como se fosse outro dia qualquer, na certeza porém que ninguém repara.
Hoje gritam-se máscaras de "bocados de noz".

1 comentário:

van cristjan disse...

Dizem que uma imagem vale mil palavras... Mas um mundo surdo sem palavras era tão mais pobre! Que as nossas imagens e palavras continuem a colorir o nosso mundo... pelo menos o nosso ;)