
O "nós" é uma fantasia, parte do imaginário colectivo universal. Não possuimos nada verdadeiramente, muito menos alguém. Tudo o que nos rodeia é alugado. Em algumas coisas assinamos contratos de longa duração, outras são créditos rápidos que nos fastiam o paladar. Tiramos delas todo o proveito, sugamos o que têm para nos oferecer até ao tutano para depois nos afundarmos nos juros altíssimos que cobram. Vivemos com a corda ao pescoço...
Assim se comporta a paixão: não somos um para o outro, estamos juntos, debaixo da guilhotina do efémero.

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