terça-feira, 22 de julho de 2008

Regresso ao Passado

Sexta feira de calor infernal... Dom André e Dona Sofia de Madre de Deus, acompanhados da Maga da Corte Dona Vanda, rumaram ao passado, numa máquina do tempo já velhota mas competente e aterraram em plena Óbidos transfigurada em burgo medieval.





Já lá encontraram-se com a Duquesa Dona Isabel de Peniche e sua irmã Dona Ana de Olivais e Moscavide, empreendendo então exaustiva busca pelas melhoras coroas de flores secas e outros artefactos do comércio local. Destaque-se o singelo repasto de pataniscas afrodisíacas e sandochas de pernil no espeto, regadas com sangria de frutos silvestres e polvilhadas com crepes de dimensões consideráveis.

Um final de tarde e noite bem passado, com direito a uma recriação do desaparecimento de D. Sebastião, neste caso Dom André, desta feita encontrado são e salvo por entre o nevoeiro da multidão.

Ah... e nada como uma boa tortura medieval para encerrar as festividades.


Despedidas seladas com ginginha de Óbidos em copo de chocolate, num doce regresso ao presente!

6 comentários:

sofia disse...

Belo relato amiga!
Entardecer fantástico e em boa companhia...

Anónimo disse...

Mui bela crónica. Vossa Senhoria envolve, com inegável talento, a narração da fria objectividade dos factos com uma linguagem viva e colorida que mui me apraz, e que me recorda um Fernão Mendes Pinto ou um Baudolino nos seus tempos de glória.

Por isso, sem mais delongas, proponho a vossamercê o lugar de cronista na expedição que actualmente preparo a Alcácer Quibir, onde conto converter os mui nefastos e danosos sarracenos pelo gume da minha valorosa espada, assim queira Deus.

Escrita no vigésimo sexto dia de Julho do ano da Graça de 1578.

van cristjan disse...

Recebo com lisonja o convite de vossa mercê. Ao sétimo dia do mês que se avizinha vou atravessar uma Alcácer mas do Sal, a caminho das terras do Sudoeste onde ocorrerá grande festejo, com músicos itinerantes, cuspidores de fogo e outras excentricidades na povoação de Zambujeira do Mar. Aproveitarei a ocasião para treinar o engenho cronista, por forma a servir da melhor forma as aspirações de Vossa Senhoria.

Ana Filipa Pinheiro disse...

Como também eu gostava de ter viajado convosco nesta maravilhosa máquina do tempo.
Acho que se tivesse que escolher uma época para viver, seria a Medieval. Mas como princesa, pois com a sorte que tenho pertenceria mesmo a ralé...
P'ró ano não pode falhar!

Anónimo disse...

Que fome eu tinha nesse dia. O regresso ao passado abriu-me o apetite e não só... Aquela sangria estava divinal. E no meio do nevoeiro lá encontrámos o el-rei D.André!!!

Anónimo disse...

Sabe me dizer qual o nome desse método de tortura?