segunda-feira, 1 de junho de 2009

Casar para quê?

Pois é...

O silêncio quebra-se para dar voz ao que se viveu, quase tão rapidamente como abrir e fechar a mão.
Casa-se porque se acredita em alguma coisa, que já se viveu, que se vive ou que ainda está por viver.
Casa-se porque se acredita no amor e na esperança e que esta contagie outros e os faça viver um momento semelhante.
Casa-se, e tem a duração de um momento que explode para a vida toda.
Casa-se porque se deseja reunir num mesmo espaço e ao mesmo tempo as pessoas que mais gostamos.
Casa-se, porque envolve um percurso com príncipio (decisão), meio (dezenas de post-it espalhados por todo o lado) e fim (o dia que dura um segundo).
Casa-se para recordar uma data que fica eterna. Recorda-se o decorrer desse grande dia em flash, temos algumas imagens das nossas pessoas, a abraçarem-nos, muitas emoções, mas tudo assim num turbilhão.
Casa-se para se chegar ao final dessa noite, como se se tivesse corrido a maratona (não que eu saiba, mas a minha amiga Vanda conta-me a estafa que é...).
Casa-se, não à procura de uma tremenda novidade (6 anos dão uma boa base para ter essa coragem) mas para sustentar uma novidade renovada.
Casa-se para se vestir o vestido mais caro que alguma vez se vestiu, e ele chegar ao fim, não esbranquiçado, mas acastanhado de esfregar o chão por onde passou.
Casa-se para se fugir 12 dias úteis ou 15 dias seguidos para um destino que não se sabe bem qual é (pois este pelouro não era meu).
Casa-se para se passar tempo a dois (e ficar a pensar no tempo a três e a ter de aprender a gerir as saudades).
Casa-se para quebrar o silêncio de uns meses e voltar a escrever.
Casa-se para se agradecer esse e tantos outros dias das nossas vidas.

Casa-se....


Eslovénia, Maio de 2009

5 comentários:

Bárbara disse...

E... casa-se muito bem!! Um beijinho grande e sejam bem-vindos

David disse...

Gostei de ler tantas razões para explicar algo que no fundo é tão simples... e de tão simples que é, muitas vezes torna-se difícil de explicar.
Aliás, as melhores coisas da vida são assim mesmo: inexplicáveis. Mesmo tendo tantas explicações.
Dá para entender?
:))))
Vou querer ver mais fotos das férias! Um arco iris não chega!!

sofia disse...

Amigos Bárbara e David!
Pois é verdade... Um barco chega a bom porto quando a tripulação rema no mesmo sentido. Há momentos em que é preciso empurrar alguém para o leme, noutros será ao contrário. Sei, contudo, já que estão nesse barco, que remando juntos na mesma direcção, podem vir tempestades, tubarões, que nada vos tira o Norte. É preciso Acreditar e é preciso Descomplicar, sempre.
Bjos

Bárbara disse...

Sim, é preciso paciência para as tempestades, tolerância para os tubarões (que quando bem alimentados são animais dóceis) e uma bússola (ou GPS, nas embarcações mais modernas) para encontrar o Norte sempre que necessário...
Quanto a barcos, um curso de vela de cruzeiro (já com alguns anos) ajuda a tentar navegar, e aportar, em segurança sempre que necessário.
Se não, há sempre um skyper a quem recorrer em situação de emergência... :)
Bjnhs

van cristjan disse...

hmm... nao deixa de ser curioso que os primeiros a comentar este post constituem um casal que bem podia seguir o exemplo do andré e sofia...

... o pessoal quer é festas :)