segunda-feira, 2 de abril de 2007

Depois quebra-se o silêncio...

Quem me leva os meus fantasmas (P.A)


Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos em sonhos gigantes
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas

Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam

Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
(refrão)
De que serve ter o mapa se o fim está traçado

De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta
(refrão)

Para que se apaziguem com os vossos fantasmas....
"Entre o alvo e a seta", "bailam gigantes" e "há donos do céu"!

Sem comentários: