
Ou não... Não terá mais significância aquela vida que se extingue após uma viagem bem recheada? Do que a minha própria vida, soluçada em espasmos que agitam a aridez de um horizonte perfeitamente horizontal, geometricamente irrepreensível, agitado pelos soluços de uma vida espástica.
Sentada no balcão, as pálpebras pesadas e a inércia dos meus dedos segurando a caneta que se aninha nos meus dedos, inertes, gagos, estupidamente gelados.
O café ficou frio. Chamaram-me ali ao lado. Fiz o que tinha a fazer e desculparam-se pelo incómodo. Apetece-me dizer: incomodem-me!
Sentada no balcão com o café frio e os olhos esfumados entre pestanas coladas de sonho. O relógio arrasta-se... Estou sempre desejosa que o tempo passe mais rápido, para depois chorar a celeridade com que as coisas me passam.
Sem comentários:
Enviar um comentário