Com uma sensação de deja vu, lá estava eu e os do costume no Santiago Alquimista, depois de uma paragem no Miradouro de Santa Luzia para ver o brilho da lua cheia no rio tejo. Esta sensação prendeu-se à bateria que tinha uns recortes que me eram familiares, e de seguida a entrada de um jovem loiro, magrinho... Ah, pois é, "Sean Riley e os Slowriders" (abriram Concerto Aimee Mann), músicas orelhudas que ficam para recordar.Com um ar descomprometido, entra um Senhor, atira o casaco para o chão, dirige-se ao microfone, pede para baixar (o barulho das) Luzes. Uma ligeira poupa, calça vincada e camisa com riscas de seda...Pede para subir o volume da guitarra e para baixar e para subir, numa busca quase contínua (ao longo de todo o concerto) da perfeição. Os acordes perfeitos, em músicas que se caracterizam como suas, numa voz que embala a alma, o coração, e tudo. Muitas pessoas deixaram-se levar até adormecer, o que significa que reinou a simplicidade do toque, a voz fantástica. Concerto marcado pela afinação da guitarra no inicio de cada música e pelo final abrupto das músicas (descontraído, assim como quem toca em casa para ensaiar). O ensaio perfeito! Valeu o regresso ao palco pintado de roxo, o som da segunda guitarra, a companhia, a voz....
Filipa: Aguardo a foto para completar o post...
3 comentários:
Não sabia ao que ia, mas habituada àquilo que o bom do meu namorado me dá a ouvir Acreditámos!
Estava tão nas "trevas" do desconhecido que até o senhor do som eu pensei ser o Artista.
Agradável surpresa foi a entrada, para uma primeira parte que ninguém sabia haver, de um jovem não totalmente desconhecido... "Ah! Afinal o Artista é este?!" - pensei. Num ápice pensei e logo me apercebi de quem vinha aí animar a malta - "Sean Riley & The SlowRiders".
O cansaço do dia já há muito que se fazia sentir, o calçado também não foi a melhor escolha, mas ou era esse ou então um téni a cheirar a bosta de burro e porco...
Mark Kozelek entra em palco, ar completamente alienado,camisinha que devia estar fechada no armário há uma década (o cheiro a naftalina instalou-se).
Depois das duas primeiras baladas a solo, entra o seu acompanhante e segue-se aquilo a se chama um "check-sound" de última hora, muito inusitado, mas a malta estava animada.
Confesso que comecei a ficar extremamente "embalada" e, mais do isso, bastante impaciente,o sr. não saía do tom. Já não tinha posição, sentei-me no chão, as pernas dormentes, o sono a vir, enfim... E o sr. resolve meter o "piloto automático" e..........................................
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Tenho a leve impressão de que se não ouvesse aquele balcão/varanda (aqueles que conhecem o Santiago A. sabe do que estou a falar) alguns se teriam estatelado no chão, não de excesso de alcool, mas de sono.
Desculpem os apreciadores do género, mas ontem foi um noite para "boi dormir"!!!
Talvez num outro dia, sem tanto cansaço acumulado, as coisas tivessem sido diferentes.
Hum... parece haver aqui algumas visões assim um pouco divergentes... então o gajo foi fantástico ou entediante?
É normal pensar-se que o "gajo do som" é que é o artista. o entusiasmo desmedido tem dessas coisas. Tou a ver muita gente, à espera do Josh Rouse, a pôr-se aos gritos se o "Emplastro" entrasse em palco para afinar uma guitarra. Acontece tambem noutras ocasiões que essa personagem seja "o gajo do som" e "o Artisa" ao mesmo tempo. Já aconteceu por exemplo 2 incautos membros da plateia, ouvindo aplaudir um gajo a afinar a guitarra, dizerem um para o outro "olha aqueles palhaços a aplaudir o roaddie que está a afinar a guitarra. Grandas tótós!". Veio-se a saber que era o vocalista da banda. Não vou dizer o nome de nenhuma dessas pessoas, mas digamos que um mora na Madredeus e outro em S Domingos de Benfica.
Até à proxima
David
Segundo a Sofia, o concerto foi mesmo entediante... Se calhar mais valia que o roadie tivesse dado o grito de emancipação e enxotado o "Artista" pro armário...
Filipa, é favor assinar os comentários ;)
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