quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Expectativas

Fui conhecer o Gaspar, filho de uma amiga minha. No decorrer da conversa confessou-me de que nada vale planear o dia, porque sempre que o faz, o príncipe resolve trocar-lhe as voltas. Se ela pensa que ele vai dormir 3 horas e durante as mesmas fazer 30 coisas, ele dorme 30 minutos e ela consegue fazer duas.
Planear faz parte do que somos, da meta para onde vamos e que nos faz manter acesa a expectativa em nós, nos outros e no mundo.
Teremos nós expectativas demasiado altas? Será um defeito das mulheres? Será que os homens também sofrem desta "expectativite" aguda?
Há momentos na minha vida em que sinto de forma gritante a estagnação, a possibilidade da não "expectativite", que me coloca a milhas do que me caracteriza como "Sofia a que risca pelo menos uma tarefa no seu post-it semanal"(A Vanda diria aqui, post-it diário). Tudo se agrava quando dependemos de outros para cumprir o que desejamos. Jorge Palma diria que "somos todos escravos do que precisamos... a dependência é uma besta, que dá cabo do desejo...", creio que ele tem razão.
Prefiro muito mais a ideia de que "a Liberdade é uma maluca, que sabe quanto vale um beijo".
Mas a verdade é que "enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar", mesmo com a expectativa em pause e a mochila repleta do que se é, com o que isso tem de bom e de mau.

2 comentários:

van cristjan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
van cristjan disse...

Sem duvida que a prevalência da expectativite é substancialmente maior no sexo feminino. E alguns casos evoluem pra cronicidade...
Perdoe-me o Jorge Palma mas na minha versão pessoal é mais "somos todos escravos do que desejamos... a esperança é uma besta, que dá cabo do desejo..."

Mas sem dúvida que...

"enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar".