sábado, 23 de dezembro de 2006

Natal...



No corropio de gente, de carros, de prendas...torna-se alucinante esta época. Pessoas vazias por dentro, repletas de sacos por fora. Serão mágicos estes momentos? Talvez devessem ser... Lembro-me do meu primeiro natal no Alentejo... Recebi um cão, que me deu o meu tio, o Xá. Foi meu companheiro durante anos, dava a pata mas só se fosse eu a pedir-lha. Andava sempre com ele, em cima dele e até chegámos a partilhar uma carraça, que me ia custando a vida. Acho que até hoje foi a melhor prenda que recebi, um cão para cuidar. No natal seguinte descobri que não havia pai natal. Apanhei a minha mãe e a minha avó a porem as prendas ao pé da lareira, elas bem me entreteram no quarto mas eu esqueci-me das canetas na sala...e foi assim. Chorei muito e nesse natal não queria abrir as prendas, mas depois lá as abri de manhã. Podia dizer ainda que o meu natal sempre foi muito dinâmico, um ano com a mãe e o outro com o pai. Actualmente é mais, véspera com a mãe e dia de natal com o pai. Ainda tenho a acrescentar que este ano o pai natal trouxe-me em Julho (um pouco adiantado) a minha prenda, uma prenda para a vida, da vida. O Afonso... Ah pois, não foi o pai natal, foi mesmo o Dé e a Fia que fizeram das suas...
Feliz Natal a todos....

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