
Um ano passado
Arranco a folha do calendário
E abrem-se as escotilhas
Neste barco ancorado
No porto imaginário
Um ano largado
Sem remorso ou saudade
Salto de olhos fechados
Ao encontro da novidade
Que chega inevitável
O medo que me invada
Instilando o veneno da desconfiança
Naufrago
Nas folhas de um livro ainda por escrever
De um poeta adormecido
Pelos deuses do tempo absolvido
E condenado a viver
Um ano acabado
... Volto outra página
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