sábado, 13 de janeiro de 2007

Percorrer

Saio a correr de mim,
esbarro com o vento, que me atordoa e me empurra...
Caio. Para tocar dedo a dedo o chão,
que escorre areia fina...
Aproveito e construo mais um castelo,
daqueles que não tarda em ruir...
na espuma algures na madrugada, ou já num novo amanhecer.
Talvez me devolva o sal, com o qual tempera o que sou.
Ou talvez não. Talvez de tão salgado,
seja urgente o doce, esse, que por momentos me visita.
Cada vez são mais curtas essas visitas,
já não demoram, porquê?
Talvez a fonte dentro de mim,
afogue essa doçura, ao ponto de a diluir tanto,
que...deixa simplesmente de ser.
Talvez volte. Talvez a fonte seque.

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